quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Macakongs 2099 - Turnê Tropicanália - Nordeste 2008



Os brasilienses da banda Macakongs 2099 invadirão o nordeste com a Turnê Tropicanália para levar seu hardcore às cidades de Recife, São Luis, Belém, João Pessoa, Teresina e Natal, onde tocarão ao lado de nomes como Discórdia, Revolta Civil e Obtus, entre outras bandas locais.
O Macakongs 2099 completa 10 anos de carreira este ano e acaba de lançar o álbum Tropicanália pelo selo Silvia Music, do baixista Phú, além dos selos Ant-Discos (RJ) e Two Beers or not two beers (GO).

Mais informações sobre a Turnê Tropicanália, acessem:

MySpace

Site Oficial

O tempo...

Como definir o tempo?
Como algo invisível pode mudar uma vida num segundo?
Numa época em que os bens materiais são primordiais
Ele segue intacto no cotidiano das pessoas
Cada vez mais escasso, como tudo que é precioso
O tempo parece escorrer pelos dedos
Ultrapassando os limites de nossa compreensão
A cada ano achamos que ele passa mais rápido
Os segundos, minutos e horas de um dia já não são suficientes
Temos mais tarefas e compromissos do que as 24 horas de um dia nos permite

Essa falta de tempo, não nos deixa notar outros bens preciosos
Que por vezes deixamos de lado, pela falta do nosso querido tempo
São não-telefonemas, não –sorrisos, não-almoços em familia, não-cinemas com amigos
São não-conversas informais e descontraídas, são não-olho-no-olho
Perdemos a fachada de um prédio no centro velho de uma metrópole
O verde de uma planta no jardim de nossa casa, o desabrochar de uma flor
Tudo por falta do tempo
Culpamos o tempo pelo nosso não–comprometimento com a família, com os amigos de longa data e com aquele livro que fica na cabeceira pedindo pra ser lido.
Talvez seja tempo de se arrumar tempo para desacelerar as coisas
E ver o que o tempo fez com cada um de nós.


Texto escrito pro Henrique, um amigo com o qual tenho encontros e desencontros provocados pelo tempo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Atrofia Social


O ser humano, desde sempre, precisa se incluir num grupo para se sentir socialmente aceito. A partir dessa inclusão ele assume hábitos daquele grupo, convivendo com pessoas, consumindo costumes e produtos que são comuns àquela fatia da sociedade.

Mas no decorrer da vida, o ser humano passa por várias transições e antes de entrar em qualquer grupo há um período que pode ser chamado de atrofia social. Ao vislumbrar um novo grupo, seja por mudança de casa, escola, emprego ou até mesmo com o fim de um relacionamento, a pessoa não sabe como se comportar, o que falar, aonde ir, como se fazer entender para quem está fora daquele grupo ao qual pertencia até aquele momento de transição.

É uma fase incômoda, é o desconhecido batendo na porta da alma, dizendo que você está livre, mas essa liberdade de mudar de grupo, de explorar outros mundos, não vem com um manual de instrução e a atrofia se faz presente.

Como se livrar desse impasse? Como articular os músculos da essência humana para tomar fôlego para o próximo passo? Se olhar no espelho pode ser um bom começo. Não é olhar para saciar o complexo de Narciso, mas sim para buscar dentro de si aqueles sonhos, projetos e vontades, que há muito tempo foram jogados no fundo do baú da sua existência.

Movimente-se e respire luz para que sua alma se ilumine e desatrofie.

Deise Santos