quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O tempo...

Como definir o tempo?
Como algo invisível pode mudar uma vida num segundo?
Numa época em que os bens materiais são primordiais
Ele segue intacto no cotidiano das pessoas
Cada vez mais escasso, como tudo que é precioso
O tempo parece escorrer pelos dedos
Ultrapassando os limites de nossa compreensão
A cada ano achamos que ele passa mais rápido
Os segundos, minutos e horas de um dia já não são suficientes
Temos mais tarefas e compromissos do que as 24 horas de um dia nos permite

Essa falta de tempo, não nos deixa notar outros bens preciosos
Que por vezes deixamos de lado, pela falta do nosso querido tempo
São não-telefonemas, não –sorrisos, não-almoços em familia, não-cinemas com amigos
São não-conversas informais e descontraídas, são não-olho-no-olho
Perdemos a fachada de um prédio no centro velho de uma metrópole
O verde de uma planta no jardim de nossa casa, o desabrochar de uma flor
Tudo por falta do tempo
Culpamos o tempo pelo nosso não–comprometimento com a família, com os amigos de longa data e com aquele livro que fica na cabeceira pedindo pra ser lido.
Talvez seja tempo de se arrumar tempo para desacelerar as coisas
E ver o que o tempo fez com cada um de nós.


Texto escrito pro Henrique, um amigo com o qual tenho encontros e desencontros provocados pelo tempo.

Um comentário:

Garota de Coturnos disse...

Apenas um comentário: O tempo cura tudo! Não apaga mas cura, acalma, minimiza.