quinta-feira, 17 de maio de 2007

Bala perdida, população idem


Ver os noticiários há um bom tempo deixou de ser um prazer. Você vê desgraça física, econômica e moral, pessoas morrendo por nada, idosos apanhando de empregados, políticos aprovando aumento de salário para eles mesmos, funcionário recebendo bônus porque está cumprindo com o horário de trabalho e a guerra civil que se descortina bem em frente aos nossos olhos na hora do jantar.
Há 15 dias moradores de uma comunidade no Rio de Janeiro vivem em estado de alerta, com tiroteios acontecendo diariamente e presenciam o desenrolar de estratégias dos dois lados da moeda: de um lado os bandidos, utilizando óleo para impedir a subida do caveirão nos pontos mais íngremes, retirada de tampas de bueiros e utilização de rádios para se comunicarem; de outro os policiais, tentando proteger a população, fazendo tímidas incursões pela comunidade e explodindo uma casamata, que já está sendo reerguida pelo tráfico.
Mas o que saltou aos meus olhos e ouvidos nesta quarta-feira, foi uma notícia dada pelo noticiário local. Uma mulher estava trabalhando e de repente uma bala perdida invadiu o escritório, passou do lado dela, ricocheteou na parede e foi se alojar num aparelho de fax. Espantada, a mulher ligou para o 190 para pedir que alguém fosse até lá para fazer a perícia, para sua surpresa o atendente disse que bala perdida era caso comum no Rio de Janeiro e que não tinha ninguém para enviar até lá.
Ao fazer a matéria, a repórter informou que o 190 só atende emergência e casos de balas perdidas com vítimas. Casos como o da secretária devem ser acompanhados pela delegacia mais próxima do local onde ocorreu o fato.
Enfim... e se outras balas perdidas pegassem o rumo do escritório???

E como dizem meus amigos do Agrotóxico... Estado de Guerra Civil!!!!!!!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Minha vida, sua vida, nossas vidas dependem do verde...

Hoje, em Belém, começou o julgamento do mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, que ao lado de Chico Mendes e "Seu Júlio" engrossa a lista de pessoas no Brasil que morreram protegendo a terra. E nós? O que fazemos pra contribuir com o meio ambiente?
O homem tanto fez que em 50 anos ele deu um salto nas descobertas tecnológicas e científicas, mas mesmo assim anda na contramão. Inventou muito, consumiu muito, mas esqueceu dos resíduos, esqueceu que a exploração gera escassez, que o consumo gera lixo em todas as suas formas.
Mas ainda bem que atitudes e ações que começaram timidamente no início dos anos 80, ganharam força, forma e aliados no decorrer das duas últimas décadas e vêm fazendo a diferença num mundo globalizado e capitalista.
Muitas pessoas chamam os ambientalistas de extremistas, malucos ou eco-chatos, alguns até podem exagerar na dose em suas campanhas, mas a maioria dá a cara à tapa e coloca a mão na massa em defesa do meio ambiente.
São expedições, plantio de mudas, criação de corredores verdes, tudo feito para amenizar a dor do planeta e garantir um futuro menos cinza para os nossos sucessores.
Muita gente alega falta de tempo, desconhecimento de lugares onde pode contribuir de alguma forma.
Porém, uma ação sua no mundo virtual fará a diferença. Sabe aquele ditado que diz que todo homem deve ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore? Pois é, o Click Árvore é uma inciativa da SOS Mata Atlântica> Esse projeto te ajuda a realizar uma dessas tarefas. Com um click diário você planta uma árvore de verdade e pode até visitá-la se quiser, porque há um cadastro dos locais para onde foram suas mudas. Você verá sua floresta crescer na tela do seu computador e ajudará a reflorestar áreas de Mata Atlântica, contribuindo com a melhoria do Meio Ambiente.
Não é necessário pagar nada. Você se cadastra no site http://www.clickarvore.com.br e pronto.
Não custa nada! Você acessa a internet para ver seus e-mails, atualizar fotolog, orkut, msn e blog... Reserve 1 minuto do seu dia para plantar uma árvore ;)

Cheers!

11 de setembro [11'09"01 - September 11, França, 2002] - DVD


Falar sobre 11 de setembro parece lugar-comum depois do que ocorreu naquela manhã de terça-feira, mas essa produção foge aos padrões apelativos que o acontecimento despertou em diretores, jornalistas e outros formadores de opinião ao redor do mundo. O filme são 11 curtas-metragens de onze minutos e nove segundos e um frame cada (11’09’’01), produzido por onze diretores de diferentes nacionalidades, ou seja, onze abordagens do 11 de setembro.
Passeando entre o cult e o simples e direto, os curtas abordam o 11 de setembro por diversos ângulos. A coletânea abre com o filme da iraniana Samira Makhmalbaf, com uma linguagem interessante, onde apesar da distância, uma professora tenta explicar para os seus alunos a importância desse fato no cenário mundial, podendo ser o estopim para a explosão da 3ª guerra. Daí por diante passamos por visões de diretores da Bósnia-Herzegovina, Reino Unido (um dos mais polêmicos por abordar o dia do golpe militar no Chile, comandado pelo General Pinochet contra o presidente eleito Salvador Allende), EUA, França, Japão, entre outros.
O organizador do material é o francês Alain Brigand e o resultado surpreende.

Fica aqui minha dica. Se por acaso você assistiu, deixe sua opinião.

Um beijo.

Cheers!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Ser marginal, ser herói *

Não quero nem isso, nem aquilo. Nem preto, branco, cheio, vazio, grande, pequeno, vitalício ou temporário. Fui, sou e sempre serei eu, mesmo com meus combates internos, minha dúvidas, certezas, gritos silenciosos e silêncios escandalosos.
Ser eu mesma não é fácil, como não é pra nenhum homem ou mulher. Ter convicções, quebrar barreiras, olhar no olho e não usar máscaras. Sou assim, 24 horas por dia e pago o preço por isso.
Não gosto de acessórios, de recursos para maquiar minhas atitudes. Sou o que sou, sem passar por cima de ninguém. Luto pelo o que acredito e bato em teclas gastas, por acreditar no outro, no coletivo. Muitas vezes esse é o meu erro, mas se acredito no coletivo tenho que apostar fichas. Perco algumas vezes, ganho em outras.
Muita gente já me deu a mão, às vezes pra empurrar, mas a vida é assim não é mesmo?
Assim levo a vida, às vezes solitária em meio a multidão, noutras rodeada de amigos no silêncio dos meus pensamentos.
Não julgue ou cobre, colabore e aja.


Som deste post: Tiranus - I Shot Cyrus

Cheers!

*Esse texto foi publicado em http://www.fotolog.com/deise . Depois de publicá-lo no fotolog foi que resolvi me render à criação de um blog, coisa que já venho cogitando há algum tempo.

domingo, 13 de maio de 2007

BEM VINDO! Bienvenidos! Welcome! Bienvenue! Benvenuto! Welkom! Willkommen! υποδοχή! 歓迎 ! 환영 ! добро пожаловать!

Boas vindas pra mim e pra você que está lendo esse post.
Depois de relutar muito, eis que volto a ter um blog para despejar meus pensamentos, opiniões, críticas e devaneios.
Mal de jornalista desempregada? Talvez...
Devia isso a mim mesma, exercitar o ato de escrever diariamente. Não que não o faça, mas tentar ser fiel a esse blog, atualizando-o todos os dias. Se conseguirei? Não sei.
Enfim, mãos à obra.
Cheers!